ORIXÁS ADESIVADOS
ARTISTA visual JUSSARA DI MEDEIROS
TÉCNICA “ARTE DE ADESIVAR” ( retalhos de adesivos formando mosaicos) – Definição da Artista sobre suas técnicas: Defeito que vira efeito!
EXU - OGUM - OXÓSSI - xANGÔ

Exú (Grafia Iorubá: Èṣù)
O primeiro ser da criação. É o habitante das encruzilhadas, Senhor do Movimento. Exú está nos mercados, na troca justa. Exú faz cumprir os desígnios do destino. Faz o erro virar acerto. Faz o veneno se tornar remédio. Exú é o princípio de encantamento divino no corpo do ser humano.

Ogum (Grafia Iorubá: Ògún)
Ogum é o orixá das batalhas, ferreiro por excelência, chefe dos Odés (caçadores). Ogum é quem abre o caminho e dá as ferramentas necessárias para percorrê-lo. Senhor das Estradas, do silêncio, da estratégia, do trabalho. Herói civilizador no sentido de dar ao ser humano a possibilidade da criação, da arte, da indústria e da tecnologia.

Oxóssi (Grafia Iorubá: Oṣóòsì)
Caçador de uma flecha só, o Grande Odé e Rei de Ketu. Sua flecha ultrapassa os tempos e os espaços, acertando o alvo necessário. Senhor das Matas, amante dos animais. Para conhecer Oxóssi é necessário aprender a língua das florestas. É honrar cada planta, cada pedra, cada animal. É honrar o grão miúdo de areia - que somos nós - na imensidão do mundo.

Xangô (Grafia Iorubá: Ṣàngó)
Ele é o Senhor da Justiça, o Grande Rei. Seu machado de duas lâminas traz a lição de que, para ser justo, o corte precisa acontecer nos dois lados. Seu elemento, o fogo, significa o poder de transmutação e de alquimia. Às vezes é necessário observar por outras lógicas para que a injustiça não ocorra. Em dias e noites de tempestade, quando bradar o trovão no céu, é Xangô do alto de uma pedreira mostrando que nada passa despercebido aos seus olhos.
EXÚ
OGUN
OXOSSÍ
XANGO
OXUM - IANSÃ - OBÁ - NANÃ

Oxum (Grafia Iorubá: Ọ̀ṣùn)
É orixá dos rios, ela nos pede para sermos rios, para mergulharmos em nossas profundezas e nos descobrirmos como pedrinhas miúdas no fundo das águas. Oxum é mãe do amor, principalmente do amor-próprio, porque ao perceber as águas que nos constituem enquanto seres, mesmo que hajam quedas, como a queda d'água das cachoeiras, é em nós mesmos que encontraremos a força e a sabedoria para a continuidade e a fluidez.

Iansã (Grafia Iorubá: Ìyásan ou Ọya)
Iansã é o movimento do ar que voa no tempo. Quem já se viu conseguir pegar o vento? É por isso que Iansã atravessa o mundo, ou melhor, os mundos. É a Mãe da Liberdade, senhora dos raios e das tempestades. Ela conhece os mistérios da vida e da morte e não teme homem algum. Guerreia incansavelmente em prol dos que ama. Mas também se transforma em borboleta quando é preciso descansar. Iansã ensina que o amor se faz por inteiro na liberdade de ser quem se é.

Obá (Grafia Iorubá: Obá)
Obá é rio revolto, é pororoca, é redemoinho. Traz dentro de si todas as mulheres. Diante dela, não há homem que enfrente. É a mulher que, ao primeiro raiar do Sol, pega escudo, espada e vai pra luta. É a força cortante e pontiaguda da mulher, que extirpa pela raiz a submissão e a incapacidade. Obá, o fogo da revolução feminina, age dentro do ser como um impulso de criação e de moldagem da vida e dos sonhos. É potencial de realização.

Nanã (Grafia Iorubá: Nàná)
Senhora Mãe da Criação, do barro primordial que molda os seres. Nanã é o silêncio e a sabedoria de quem conhece todos os mistérios da vida e da morte. Guiada pela lua, seu corpo curvado e andar sutil, tateia o chão e conversa com o mundo inteiro. Com o visível e o invisível. Com o dito e o não-dito. Carrega em si o título de Grande Senhora Ancestral, pois a sabedoria é silenciosa e desnudada de vaidade.
OXUM
IANSĀ
OBÁ
NANĀ
LONGUN EDÉ -OXUMARÉ -IEMANJÁ - OXALÁ

Logun Edé (Grafia Iorubá: Ológunède)
Nascido do amor entre Oxum e Oxóssi, Logun Edé possui a astúcia e a beleza, a bravura e a doçura em si mesmo. Como menino-peixe são fluindo nas águas em direção ao mar. Como caçador arisco, se leva na dança do vento em meio à mata. Logun Edé é mocidade e maturidade. É a vida pulsante, é troca, é saber devolver à terra aquilo que a terra dá.

Oxumaré (Grafia Iorubá: Òṣùmàrè)
Oxumaré é a serpente arco-íris que liga o céu à terra e quebra todas as oposições binárias, unindo-as em complementaridade. É o equilíbrio e a sabedoria necessários à vida. Enquanto arco-íris, Oxumaré é água corrente que nos tranquiliza nos momentos de crise, pois sempre aparecerá colorido no céu, mostrando que é momento de recomeçar após a tempestade..

Yemanjá (Grafia Iorubá: Yèmọnja)
Yemanjá é mãe que acolhe em seu colo para trazer calmaria. O mar é sua casa, e dele aprendemos que a vida tem suas altas e baixas, como as marés, mas é preciso que encontremos, ao contemplar o horizonte infinito das águas salgadas, a sincronia e o equilíbrio das ondas de Yemanjá. Ela, como mãe, (orí)enta nossa estrada por meio da sabedoria e da certeza de que somos peixinhos seus na grandeza das águas do mar.

Oxalá (Grafia Iorubá: Òṣàlà)
Oxalá é o Grande Senhor da Criação, aquele que caminha por toda a eternidade, a passos curtos e lentos, porque "devagar também é pressa" e sempre chegaremos no lugar que precisamos chegar. Oxalá é silêncio, sabedoria, são as águas profundas do ser e do espírito. Debaixo de seu Alá Branco, ele guarda a tranquilidade e a mansidão que tanto necessitamos. Oxalá é a percepção de que o respeito se deve a quem veio antes de nós.
LOGUN EDÉ
OXUMARÉ
IEMANJÁ
OXALÁ
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